quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Tireoidite de Hashimoto...o que É?


É uma doença auto-imune crônica, ou seja, o próprio organismo produz anticorpos contra a glândula tireoide, levando a uma inflamação crônica que pode acarretar o aumento de volume da glândula (bócio) e diminuição do seu funcionamento (hipotireoidismo).

Outras consequências são: destruição das células do epitélio da tireoide, infiltração linfoide e fibrose; diminuição do tamanho e do número de folículos normais (unidades funcionais da glândula), entre outras. Alguns sinais e sintomas: cansaço, fraqueza, pele seca, sensação de frio, ganho de peso; edema de face, mãos e pés (mixedema), alopecia difusa (perda de cabelos).

Em indivíduos com essa doença, são encontrados níveis elevados de anticorpos contra a tireoglobulina (agrupamento de resíduos de tirosina, precursor dos hormônios tireoidianos) e a anti-TPO - anticorpos que inativam e degradam a tireoperoxidase, enzima importante na fixação de iodo aos resíduos de tirosina.

O processo de degradação da glândula tireoide é irreversível, devido ao dano às células tireoideas e à perda dos estoques de iodo.

Exames laboratoriais indicam alto nível de TSH, já que, pelo mecanismo de feedback negativo, a baixa produção de T4 induz a hipófise a produzir e liberar o hormônio tireoestimulante; a concentração de T4 livre baixa e alta concentração de anticorpo anti-TPO.


Referências:
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?414
http://www.sistemanervoso.com/pagina.php?secao=5&materia_id=68&materiaver=1
http://mmspf.msdonline.com.br/pacientes/manual_merck/secao_13/cap_145.html

Postado por: Romulo Alves.

Efeitos Imunosupressores de Glicocorticóides

Quase todo mundo já ouviu falar que corticóides causam imunossupressão, sendo, inclusive, utilizados no tratamento de doenças auto-imunes. Mas como funciona a imunossupressão ativada por corticosteróides?

Primeiramente, é adequado falar que somente glicocorticóides, como a prednisona e a hidrocortisona (cortisol), têm grandes efeitos sobre o sistema imunológico. Os mineralocorticóides estão mais relacionados ao volume de água no sangue e à retenção de sódio pelo organismo, como explicado alguns posts atrás.

Quando utilizamos medicamento corticóide ou quando o corpo secreta um hormônio como o cortisol, este age sobre o sistema imune de diversas maneiras. Uma delas, não tão significativa, é por efeitos citotóxicos. Os glicocorticóides são extremamente citotóxicos para alguns tipos de linfócitos T, o que causa sua morte. Os efeitos imunossupressores, porém, provavelmente vêm muito mais das outras formas com que os hormônios agem: os monócitos e neutrófilos, por exemplo, têm sua quimiotaxia, isto é, a capacidade de "migrar" para as áreas de infecção do organismo, bastante reduzida por glicocorticóides. A capacidade bactericida e fungicida dessas células também é comprometida, embora ainda possam fazer fagocitose.

Dessa forma, podem-se estabelecer no indivíduo sob efeito prolongado de corticóides quadros como a linfopenia, caracterizado pela deficiência imunológica por falta da proteína HLA (pertencente à classe II), ou a neutrofilia, ou seja, o excesso de neutrófilos no sangue, que é possivelmente uma maneira de o organismo "compensar" a falta de atividade dos neutrófilos.

É interessante notar a relação entre certos hábitos comportamentais e alimentares e a imunossupressão. Você já deve ter notado que, em situações de grande estresse prolongado, você se torna mais susceptível a ficar doente. Isso ocorre porque o cortisol é o hormônio do estresse, estando presente no sangue em altas concentrações durante situações de grande tensão. E não é só isso! Lembra-se de quando você ficava doente e não queria almoçar, mas sua mãe sempre te dizia que você precisa comer mesmo sem vontade, pro corpo ficar forte e poder combater a doença? Isso sempre fez sentido, mas por quê? Porque também em situação de jejum, as glândulas adrenais secretam grandes quantidades de cortisol para ativar vias de proteólise e lipólise e, como efeito adverso do hormônio, ocorre a imunossupressão. Se o sistema imune não estiver funcionando direito, o combate à infecção fica mais difícil.


Referências: FERREIRA, Geisiane G. Imunossupressores. Disponível em: http://www.scribd.com/doc/33925223/imunossupressores. Acesso em 26 de ago. 2010

SAÚDE E VIDA. Linfopenia: Síndrome Linfocitária, Imunodeficiência Grave. Disponível em: http://saude.psicologiananet.com.br/linfopenia-sindrome-linfocitaria-imunodeficiencia-grave-infeccoes-virais-e-bacterianas.html. Acesso em 26 de ago. 2010

Edson Luiz T. Duarte

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Bocio no hiper ou no hipotireoidismo??


O bócio é um distúrbio fisiológico caracterizado pelo aumento exagerado da glândula tireoidea. Muitas pessoas acham que ele está relacionado a hipertireoidismo ou a hipotireoidismo; mas, na realidade, esse quadro clínico pode ocorrer nos dois casos.
No hipotireoidismo, um dos maiores agravantes é a carência e deficiência de iodo no organismo, as quais acarretam secreção diminuída de T4(tiroxina) pela tireoide. A baixa concentração desse hormônio no sangue estimula a adenoipófise a produzir e liberar TSH - hormônio tireoestimulante. Esse hormônio estimula o crescimento celular e uma maior síntese de hormônios tireoidianos por esta glândula. Daí, resulta-se no bocio.
No hipertireoidismo, um quadro patológico que causa o bócio é a doença de Graves ou bócio exoftálmico. Essa doença é caracterizada pela produção de imunoglobulinas estimulantes da tireoide (TSI). As TSI são anticorpos que inviabilizam os receptores de TSH na tireoide, tornando a glândula resistente ao TSH e, consequentemente, resistente ao mecanismo de feedback negativo controlado por ele. Assim, a glândula fica hiperestimulada no seu crescimento e na síntese excessiva de hormônios tireoidianos. Os níveis altos de T4 no sangue também inibem a produção e liberação de TSH pela hipófise. Resulta-se, portanto, o bocio.

http://www.endocrino.org.br/bocio/

Postado por: Romulo Alves

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Cretinismo


O cretinismo é uma doença congênita causada pelo hipotiroideismo neonatal e falta do hormônio tiroxina.Essa insuficiência hormonal acarreta em subdesenvolvimento cerebral,nanismo,lentidão dos movimentos,má formação de orgão e , em alguns casos, surdez.

Essa doença não é perceptível no momento do nascimento,pois na fase embrionária o feto é suprido pelos hormônios da mãe e o bebê não apresenta nenhuma característica anormal.No entanto,se a patologia não for detectada no primeiro mês de vida, os danos são irreversíveis e o retardamento mental inevitável.

Apesar de ser uma doença grave,sua detecção é simples,assim como seu tratamento.Ela pode ser descoberta pelo teste do pezinho,realizado entre o terceito e sétimo dia de vida do recém-nascido.Esse teste é de suma importância e detecta várias doenças,entre elas o cretinismo.

O tratamento consiste na ingestão de um comprimido diário de tiroxina e visitas regulares ao médico.Essa medida simples evita qualquer problema decorrente do cretinismo e a criança se desenvolve normalmente.
Fonte: www.tireoide.org.br
Postado por: Maurício Cardoso

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Síndrome de Resistência ao Hormônio Tireoidiano


Como observa-se no eixo hipotálamo-hipófise-tireoide, há regulação na síntese e liberação de hormônios tireoidianos. Em condições normais, o TRH ( hormônio liberador de tireotrofina) produzido pelo hipotálamo estimula a hipófise, particularmente sua parte anterior, a produzir e liberar TSH ( hormônio estimulador da tireoide - tireotrofina). Esse, por sua vez, estimula a produção de hormônios tireoidianos, principalmente T4. T4 (tiroxina) é metabolizado nos tecidos periféricos em T3. Os hormônios tireoidianos - HT - fazem feedback negativo na hipófise e no hipotálamo. As ações desses hormônios nos tecidos periféricos e na hipófise se fazem quando se ligam ao seus receptores. Na Síndrome de Resistência ao Hormônio Tireoidiano (RHT), com padrão de herança geralmente autossômico dominante, o feedback está reduzido devido à falta de sensibilidade da hipófise e dos tecido periféricos aos HT. Esse problema resulta em um nível de TSH elevado com uma concentração elevada de T4 no sangue.

Fonte: http://www.scielo.br/pdf/abem/v48n1/19522.pdf
Postado por: Romulo Alves

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Importância do Iodo

O Iodo é um halogênio essencial para a síntese dos hormônios da tireoide.Sem ele a biossíntese do T3 e T4 se torna inviável e acarreta em severos danos ao organismo.
Alguns desses danos como o bócio, o hipo ou o hipertiroidismo já foram abordados neste blog e ambos tem uma estreita relação com os níveis de iodo presentes no sangue.O corpo necessita de uma oferta diária de Iodo para a regulação normal de seu metabolismo.Como a taxa metabólica vária com a idade, a necessidade diária de Iodo também varia e pode ser observada na tabela a seguir:




Quando as necessidades mínimas de Iodo não são fornecidas, no dia-a-dia, em qualquer desses segmentos populacionais, podem ocorrem uma série de anormalidades funcionais e metabólicas, principalmente em crianças e adolescentes.Um dos prejuízos mais graves é o dano cerebral que pode ser causado por essa carência.

Para evitar esses problemas na população, várias medidas foram tomadas pelo Governo Federal.A medida encontrada pelas autoridades foi a adição de Iodo ao sal de cozinha,pois apenas parte da população que se alimentava frequentemente de frutos do mar conseguiam manter normais as taxas de Iodo no sangue.Com a implementação desta medida,os casos de carência de Iodo diminuiu significativamente entre os brasileiros.



Fonte: www.indatir.org.br

Postado por: Maurício Cardoso

Tireoide

A glândula tireoide está localizada na região do pescoço e é a maior glândula endócrina do corpo humano. Ela é responsável pela produção de importantes hormônios do metabolismo (T3 e T4) além da calcitonina que é responsável pela diminuição do nível da cálcio no sangue e sua incorporação ao osso.
A produção de hormônios pela tireoide é regulada pela hipófise que por sua vez é regulada pelo hipotálamo.
O hipotálamo regula os níveis de T3 e T4 presentes no sangue e induz ou inibe suas sínteses.
Esses dois hormônios atuam em conjunto regulando o metabolismo corporal. O aumento da produção deles faz com que o metabolismo seja acelerado, a temperatura corporal aumente (para isso a multiplicação das mitocôndrias é estimulada), aumenta o número de ATP produzidos e para isto estimulam o consumo de glicose e também de gordura, inibem o sistema nervoso simpático, estimula o crescimento linear, o desenvolvimento e a maturação dos ossos, além disso, é essencial para o desenvolvimento do SNC no feto, estimula a atividade, vigília, fome, aprendizado e etc.
Níveis baixos de T3 e T4 reduzem em até 60% o metabolismo basal.
A síntese desses hormônios é feita nas células dos folículos da tireóide e necessitam de iodo para que ocorram. O iodo é transportado para o interior das células do folículo, oxidado e incorporado a um intermediário dos hormônios. Após esta etapa os intermediários irão se ligar para formar os respectivos hormônios (T3, junção de três intermediários e T4, junção de quatro intermediários, cada intermediário contendo um átomo de iodo.). Os hormônios são armazenados nas células do folículo e liberados na circulação quando há estímulos provenientes da hipófise.


Postado por:Maurício Cardoso